sábado, 31 de janeiro de 2009

Iran- A call out to the West

This is my first post in english? Why?First of all because Im too lazy not to write in Portuguese. The second reason is because I want that all of my friends worldwide be able to read this post, even though their terrible handicap of not understanding portuguese language. (so forget my spelling errors cause im writting this without a word dictionary!)

I want to tell you about Iran, and the misconcept that people in the so called free world have about it (including my mother unfortunately!).

To start, in every prejudice there is a little bit of truth. Iran is no exception. It is a dictatorship. yes. There is censure on the media.Yes. The electoral results were rigged. Maybe. Everyone carries a machine gun?Only the militaire. Does every woman have to cover their hair.Yes (partilly covered at least). Can you find alchool on the street?No. Can you find a drink if you really want to? Yes (like everywhere in the world if you have money u can get whatever u want).

And that's about it. These are the things that are actually true about Iran. Does thios bother the tourist? Well,except that when its hot u cant drink a beer in the mainsquare and that women have to cover themselves, these things bother iranians. Specially people from middle and upper class,that would like to travel, drink once in a while, or, at least have a choice to do so.

What the Islamic Revolution did, was to impose on everyone a model of faith, not letting people do their choices regarding to religious practices. From one day to another, all the clubs and bars were closed, alchool banished, and women had to cover. Didnt matter if u were believer but didnt practice the religion in a strict way, didnt even matter if u had another religon at all. Its the law of the land, and everyone has to obay to it.

What happens if u drink or dont wear scarf? There is a special police, a religious one, that has these vans and will take u to the police station. Will they cut your hand?No. More civilized. They will just make u pay a fine. OF course, in such a poor contry, if u have money, u can buy all the alchool u want in the black market and have house parties (that's how young people party here. the only way.) If the police comes because of the noise or find u drunk, u just bribe the police. and party goes on).


Anyway, what I really wanted to tell u, is that, Iran is the most hospitable country I've ever been to. People when they see u on the street they just come and greet u, say hello, welcome,and ask you where are you from, if you like Iran, and then they say goodbye.

I Had people offering me food, dont letting me pay for taxi or bus tickets, offering me tea, bread, everything. It's increadible how can everyone is so friendly, can make you feel so confortable and relaxed.

And the country itself is beautiful. Tehran is ugly, but it has nice mountains where u have great quality snow. If you come to the south, you can go to the beach and dive in the persian gulf. In betweeen you have desert, forests, ruins, beautiful cities, markets, and mosques.

And it's cheap!:)

So change ur mind about Iran, get ur visa, and come before it gets too touristic!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Teerao

Teerão é uma cidadezeca com 14 milhões de habitantes ( a população de Portugal toda, contando com todos os ucranianos e romenos ilegais!). E falando sem rodeios, é uma capital muito fraquinha. A mais fraquinha do Médio Oriente (ali taco a taco com Aman, na Jordânia).

Mas tem coisas divertidas. Por exemplo: atravessar a estrada. É pura adrenalina!
Para além de carros, táxis, camiões, há motos kamikazes. Um autentico exercito de macais,(chinesas), que parece que estão mesmo quase a atropelarem-nos mas a última desviam-se ( é uma chatice burocrática danada atropelarem um estrangeiro!).

Outra coisa assim fora de comum é a antiga embaixada dos EUA. Ai por 1979, aquando da revolução islâmica, milhares de "estudantes islâmicos" invadiram a embaixada dos EUA e fizeram reféns todo o pessoal durante umas poucas de semanas (isto sim, são estudantes a sério. Nada como os nossos estudantes maricas que só sabem mostrar rabos!). Mas tudo acabou bem, com a libertação dos reféns, o encerramento da embaixada e o corte de relações diplomáticas entre os dois países.
Para agradecer a hospitalidade Iraniana, em 1980, o amigalhaço dos americanos, Sadam Hussein, cheio de material bélico americano (que depois utilizou para invadir o Kuweit ainda, poupadinho que ele era), invadiu o Irão e começou uma guerra de 10 anos em que morreram 1 milhão de pessoas.
Hoje a antiga embaixada dos EUA tem o simpático nome de Antro de Espionagem Americano, e está ocupado pelo exército. Nos muros de fora da embaixada, a arte grafitica iraniana revela-se em todo o seu esplendor.





À noite fui jantar a casa da família da minha amiga Sara Portugal, cuja mãe é Iraniana. Foi uma óptima experiência, um óptimo jantar ( uma agradável variação na minha dieta diária feita a base de kebabs manhosos). Deu para perceber melhor a sociedade iraniana, e comprovar que nem todos os iranianos gostam de queimar bandeiras dos Estados Unidos e ter uma ou duas bombas atómicas na cozinha para matar baratas. Gostei especialmente de ver as fotos da avó e do avô da Sara (um general no exercito do xa' antes da revolução islâmica) com o xa' e com a rainha da Persia. Um toque de Jet7 que tocou o coração deste pobre e sujo viajante!:)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Libano, Siria, Turquia, Irao

Ontem acordei no Líbano, almocei na Síria, jantei na Turquia. Entrei num autocarro na Turquia em Antakya, perto da fronteira Síria as 18h00. As 07h30, saí deste autocarro, já no meio da Turquia,num cenário branco semelhante a sibéria, e meti-me noutro que parou as 13h00 em Van, a última grande cidade da Turquia antes da fronteira turca. Depois foram mais 8 horas de mini bus, táxis, regateios, ameaças, passagens de fronteira (sem problemas nenhuns. mais fácil entrar no Irão do que na Síria) até chegar ao Irão.

Estou neste momento num cidade iraniana a 50 km da fronteira turca. Muito positivamente surpreendido com o Irão. Nada a ver com a sujidade das cidades árabes. Já vi uns retratos do Aitola Komeni e dessa malta. Mas nada de especial.

Libano- I got nothing to do and all day to do it!

Passei pouco tempo no Líbano. 3 Dias. Duas noites em Beirute, e uma Noite em Tripoli. A cerca do país, há muito a dizer. Especialmente acerca do passado recente, algo turbulento (muito), que nos faz associar Beirute a filmes do Chuck Norris. Ainda se encontra algum cheirinho de guerra no Líbano.

Em Tripoli (o maior pardieiro por onde passei até agora) nao se encontra uma casa sem buracos de bala. Esta cidade é tao fraquinha, que até fui ao cinema ver um filme do Tom Cruise (tb ele fraquinho) ( ah, tb fiquei num hotel fraquinho, com um jantar fraquinho e carinho). Em Beirute, encontram-se ainda alguns (bastantes) edificios esburacados. Mas o centro, está completamente reconstruíd, com um luxo, que por momentos faz-nos esquecer que estamos no Médio Oriente. Gucci, Zegna, e outras marcas que nem conheço mas que parecem caras...está lá tudo. Até o McDonalds! Foi como um último banhinho de capitalismo antes de ir para o Irão.

Durante estes dias andou comigo um americano, que como poderei dizer é....completamente chanfrado daquela mioleira. Tem 39 anos, os últimos dois anos andou a viajar porque a empresa que tinha em Chicago abriu falência e tinha os credores à porta. Máfia da Europa de Leste incluída (esta última parte é mentira.não interessa. mas ouvi a palavra mafia no meio da historia dele). Andou a viajar por todos os shitholes de África (Congo, Libéria,Sudão...) com passagens noutros sítios simpáticos como o Afeganistão (todo disfarçado de afegão...) Aliás, para ele, para passar do Irão para a Índia o mais seguro é ir pelo Afeganistão! Opiniões. Mas gostei do lema deste tipo, quando lhe perguntava a opinião dele acerca de qualquer actividade ou itinerário: " I dont care, man. I got nothing to do, and all day to do it!"

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Na terra dos MuMus onde não gostam da DisneyLandia



A caminho de Damasco, fiz um desvio para ir visitar Crac de Chevaliers, um castelo enorme do tempo das Cruzadas.

Antes de continuar o relato quero dar aqui uma informação que bem pode ser aproveitado pelo SIS para ganhar uns trocos e vende-la aos americanos. Quando cheguei ao castelo, estavam 2 autocarros cheios de pára-quedistas russos em passeio. Isto prova que o Kremlin está a auxiliar países com suspeitas fortes de ligações ao terrorismo internacional (eles bem que tentam encobrir, mas consegui descobrir!!)

Após visitar o castelo, dirigi-me ao único táxi-carrinha que lá estava que me pediu 200 libras sírias (3 euros e tal) pela viagem...quando o preço seria 50...Pus-me a descer a colina a procura do táxi seguinte. Passados 5 minutos, passa a carrinha, quase cheia, apita e pára para eu entrar: "of, 50 mister, welcome!".

Os meus companheiros de viagem eram estudantes de arábico, em damasco, que tinham ido passar o dia ao castelo. Um argentino (que se converteu por iniciativa própria ao islão aos 21 anos(!!), uma sul-africana, uma malaia, um americana-somali, todas elas muçulmanas e 2 alemãs.

Gente impecável, muito divertida que se ofereceram logo como meus guias em Damasco. O argentino, como bom muçulmano ofereceu logo o quarto dele para ficar.

E assim fiquei dois dias em Damasco. Ao chegarmos a casa do argentino, ele soube através dos colegas de casa, que o serviços secretos sírios tinham ido lá a casa a dizer que dentro dum mês tinham todos que se ir embora dali!! Ok, este pessoal (tirando as alemãs) não estão a estudar na International House cá do sitio. Estão a estudar numa madrassa (para os menos esclarecidos, uma espécie de seminário, mas na versão terrorista (pelo menos no Paquistão!). Agora a sério. Uma escola religiosa islâmica, onde para além de arábico, se aprende também o Corão e tudo o que possa estar relacionado). Ora a Síria é um país secular, e que não vê com bons olhos estas escolas porque são ou podem ser um incentivo ao extremismo islâmico. Daí esta pressão dos serviços secretos, que se agravou nos últimos meses, desde que rebentou uma bomba em Damasco. Muitos estudantes foram mesmo expulsos da Síria. O argentino foi fazer um retiro espiritual ao Nepal para evitar chatices. Onde há fumo há fogo, claro. Os muitos estudantes paquistaneses, chechenos, somalis, vindos deste tipo de países simpáticos, de certeza que são muito boas pessoas, mas no melhor pano cai sempre a nódoa!

Por causa deste ambiente hospitaleiro criado pelos serviços secretos sírios (que chega mesmo a ligar para os alunos da madrassa a dizer que sabem que a morada deles é x, que os amigos deles são y, e para terem cuidado com o que andam a fazer) que o pessoal usa linguagem código. Os serviços secretos são os mumus (não estou a gozar), e sempre que falam em Israel, falam em Disneyland e por aí fora...

Outras coisas peculiares na Síria. As tampas de esgoto estão muitas vezes pintadas com a bandeira de Israel, o tapete de entrada com a bandeira de Israel e com a cara de políticos israelitas também é uma peça essencial em qualquer casa síria. E censuram na internet. Não há facebook. Não ha blogger. Não há youtube. E dão asilo político a pessoal das FARC da Colômbia. Gente Hospitaleira, para todos!

PS: para quem tiver a mínima preocupação pelo meu estar físico, queria aqui comunicar que estou com uma intoxicação alimentar desde que cheguei a Síria, e tenho desenvolvido uma relação de proximidade, confiança e afecto com as casas de banho sírias. Poupo pormenores.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Síria: Alepo


A entrada na Síria é algo que na comunidade de backpackers é um bicho de sete cabeças.

A primeira razão para isso é que ao mínimo cheiro de algo relacionado com Israel, fica-se logo a porta. (e eu que vim sentado ao lado de uma inglesa judia, de Lisboa para Londres, estava, obviamente, apreensivo). É possível obter um visto de entrada na fronteira por terra na Síria, caso no país de origem não haja embaixada Síria... Ora como nós ainda não temos esse prazer, não precisei de me preocupar com este visto com antecedência. Há cerca de 5 anos estive em Israel (neste momento estou a olhar para todos os lados aqui no cybercafe para me certificar que ninguém está a ler isto...), mas pedi para não me carimbarem o passaporte. O problema é que ter um visto de saída do Egipto ou da Jordânia, é o equivalente a ter um de entrada em Israel (quem sai em Vilar Formoso não vai parar a Paris... só quando tivermos TGV). Anyway, tudo correu bastante bem. Houve uma parte mais crítica, em que eles analisaram com muito cuidado os meus vistos egípcios do Sinai (tive lá o verão passado a fazer mergulho), a tentar cheirar alguma coisa de Israel mas nada. 34 Dolars. Thank you very nice. Welcome.

Para começar de forma agreste, tinha que andar 4 km da fronteira até ao primeiro pueblo para apanhar algum transporte para Alepo. Mas há que testar a hospitalidade síria. Dedo no ar, 3 minutos, aí estou eu, num chaço todo podre, com um tipo com turbante vermelho na cabeça, mesmo à terrorista, o filme todo! Impecável.

Após estes 4 km. Cheguei ao pueblo onde fui logo abordado pelos motoristas de minivans. Pediram 1000 libras sírias para me levarem a Alepo (8 euros para 80 km). Ofereci 200. Aceitaram. Estes 200 ainda deram para pagar a comissão a dois tipos e até a minivan final que me levou a Alepo. Preço que os meus companheiros de viagem sírios pagaram. 35 libras. E eu a pensar que era regateador do caraças...

E aqui estou eu. Síria. Esse país do Eixo do Mal. É Médio Oriente profundo. Sujo, velho, degradado, mas com o seu encanto próprio. Pessoas super simpáticas e hospitaleiras. Ao sair da minivan dois dos meus colegas de viagem levaram-me à zona onde estão os hotéis todos, só naquela de cortesia. (a verdade é que parece-me que com o desemprego em 20% na Síria, metade daquela carrinha vinha à cidade, parece-me para passear, como um tipo de Alfarelos que vai ao dolce vita ver as montras). Até chegar ao hotel ainda fui abordado por mais quatro ou cinco pessoas a perguntar se precisava de ajuda (o prémio vai para um velhote que não conseguia articular uma frase, mas fez questão de me dizer todas as palavras que sabia em alemão, francês e inglês).

Cheguei ontem. Estava estourado de tantas viagens. Encontrei o hotel que vinha recomendado na bíblia, o Lonely Planet. Um bom pardieiro, como eu gosto. Saí para comer qualquer coisa e voltei para dormir uma soneca. Ainda consegui ficar gripado enquanto tomava banho de água fria numa casa de banho sem metade dos vidros nos caixilhos da janela.

Hoje, já sob o efeito de fármacos, fui visitar a cidade. Só me esqueci dum pequeno pormenor. Alepo é conhecido pelos seus souqs, que cobrem toda a cidade velha. Hoje acordei e as ruas da cidade pareciam o descampado do Norton de Matos depois da feira. 6a feira é o dia de descanso para os muçulmanos. Ou seja, andei a passear pelas ruelas, tudo fechado. Há turistas mesmo burros, não há? Mas pronto, é da maneira que não tive que controlar os meus impulsos consumistas e atravessar meio mundo com um tapete às costas!

Capadocia

Após 2 noites em Istambul era altura de me despedir do pessoal português, do ambiente familiar de Erasmus, de comodidades como macdonalds e burger king (que nos fazem sentir, de algum modo, que estamos num país civilizado - poupem-me as tretas anti-globalizacao, por favor!), e começar a castigar o corpo. Para tal nada melhor que uma viagem de autocarro, de 12 horinhas (" Ai queres andar a passear enquanto anda tudo em crise? toma lá., para aprender").

Destino: Capadocia, aquela paisagem característica da Turquia, com casas nas rochas com formatos engraçados, alguns mesmo com formatos de...isso.

Ia preparado para uma paisagem polar. A meio da viagem acordei, e pela viagem podia-se ver camadas de neve de 30 metros (eh pah, sou mesmo mentiroso. 15!). Mas ao raiar do sol, Deus Nosso Senhor todo-poderoso, abençoou a minha odisseia e enviou o sol.

A chegada, ao procurar um bilhete que me levasse à Síria nessa mesma noite, fui abordado por um tipo, em inglês, que me perguntou se precisava de ajuda. Quando dei por mim, já estava sentado na agência de viagens dele, a comprar o bilhete para a Síria e ainda uma tour para esse dia para ver os melhores sítios da Capadocia. Sou mesmo anjinho. Mas em minha defesa, a tour foi um bom negócio.25 euros, com transporte, almoço, entrada, guia e mais não sei o quê. Melhor, só nas excursões do INATEL!

E mundo pequeno. Na mesma tour estavam ainda duas raparigas, uma chilena e outra espanhola que vieram no meu voo de Londres! O resto era malta do Japão e Coreia (que todos os anos, por esta altura invadem a Turquia, nas ferias de Inverno deles. 2 meses! e depois não querem estar em crise!.

Depois de um dia intenso a andar de um lado para o outro na Capadocia, mais um esticão de autocarro de 12 horas. Next stop. Síria!

First stop: Istambul



Istambul, essa bela localidade. Porquê começar aqui? Muito simplesmente é o destino fora da Europa (ou na fronteira neste caso) mais acessível a um pobre viajante como eu.

A Turquia é um ponto de passagem para paragens mais distantes, porque tenciono cá voltar, para aproveitar o Verão e as praias. (recomendam cruzeiro num veleiro ao longo da costa do mar Egeu e Mediterrâneo...parece-me agradável).

Planos concretos para a viagem ainda não há. Após uma breve passagem pela Turquia, irei dar uma saltada a Síria, ver se o meu amigo Assad se anda a portar bem e aproveito para entrar no Líbano. 7 a 10 dias no total. Depois regresso à Turquia a caminho do Irão. Estadia prevista de 10 dias (nunca mais de 15 dias porque o meu visto não dá para grandes brincadeiras). De seguida o ponto quente da minha viagem: Paquistão. Dependendo da situação política (ou melhor militar) explorarei o país, ou então só de passagem a caminho da Índia. Depois sudoeste asiático até Hong Kong, onde farei uma reflexão profunda do sentido que esta viagem deve tomar. (ou seja, vou ao meu online banking e ver se ainda tenho dinheiro para mandar cantar um cego).

Voltando a Istambul. Uma cidade enorme. 16 milhões de pessoas, estendidas num tapete de casas, numa passagem entre a Europa e Ásia. Há qualquer coisa aqui, um je ne sais quoi, que me faz sentir bem, e me dá a certeza que irei cá voltar com mais tempo, melhor tempo (e mais dinheiro).

Fico em casa do Ricardo e do Albano, malta amiga de Coimbra, que estão em Erasmus. Um grande abraço para eles, e a estadia fica mais que paga com o estojo de banho que me esqueci na vossa casa de banho. Aproveitem malandros!

O ponto turístico desta cidade é sem dúvida as duas mesquitas, Hagia Sophia e a Mesquita Azul. (ok, e o estádio do fenerbahce, besiktas, e do galatasaray!).

Mas o que mexe mesmo connosco, é o Bósforo, a divisão entre a Europa e a Ásia, entre Ocidente e Médio Oriente, entre Cristianismo e Islão. Recomendo sem dúvida o cruzeiro turístico no Bósforo, ao longo das margens, com explicações detalhadas da história da cidade e dos monumentos que se avistam. (atenção! ouvi dizer que é bom!Eu limitei-me a apanhar os cacilheiros cá do sítio, que atravessam o Bósforo de uma forma simplesmente selvagem, para transportar gente que trabalha no duro o dia todo. como eu).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O início...

A música 125Azul do Luís Represas, a passar na rádio, fez-me abrandar dos 150km/h na A1, para uma velocidade digna de ser ultrapassado por um papa-reformas.

Há algumas semanas que procurava um nome digno para o blog da minha viagem. Alguns títulos perto de merecerem a confiança aqui do mister foram www.1bilhete&trocos.blogspot.com, www.arancarapaz.blogspot.com ( em honra do meu antigo treinador de rugby Romeno - por favor ler com sotaque romeno), www.fugirdacrise.blogspot.com,entre outros títulos ainda mais ridículos que os mencionados.

Ao ouvir a 125 Azul do Luís Represas, que faz já parte do nosso património nacional, pela milionésima vez, comecei subitamente a identifica-la com a minha viagem.

Passagens como

"Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum "
"Sem pendura que a vida já me foi dura
P´ra insistir na companhia"
"Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar"
"Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre"
"Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu "

fizeram-me identificar imediatamente a letras da música com o projecto em que embarco.

Uma viagem, sozinho (eu ate gostaria de companhia, mas o pessoal só esta virada em ir para o carnaval do Brasil e para a Rep. Dominicana mamar pinacoladas) de mochila as costas, com dinheiro (mal) contado, que não sei bem até onde e quando me pode levar.

Há uma vontade de partir, por entre o calor (neste caso o frio), a caminho do vazio, para me encher de experiências, de histórias, doenças tropicais, de amigos, de cidades, fotos, paisagens, sabores, e cheiros (muitos deles desagradáveis, prevejo). E voltar outra pessoa. Melhor espero.

A escolha do nome do blog estava então feita. O 125asul, vem, antes de mais, do 125azul.blogspot.com estar ocupado (ah e tal, não me vou por aqui com romantismos e outras lerias para enganar o querido leitor, como se tivesse sido de propósito esta corrupção do titulo da canção!)Ainda que o último post do 125azul.blogspotcom seja de Outubro 2006 acerca da definição da palavra limite (o que me daria, também a mim, azo para escrever durante a tarde inteira!), há que respeitar a arte literária alheia.

O 125asul surgiu por recomendação da minha irmã querida, com o argumento que iria para Sul de Portugal. Na realidade o plano inicial é ir para oriente, sudeste vá lá! Mas pronto, o nome tem a sua pinta. Na realidade a intenção da minha irmã creio que foi a de me influenciar a dar um ar serio e filosófico a este blog, com reflexões ponderadas e responsáveis pelos sítios por onde vou passar, e, quem sabe tentar fazer sombra ao Miguel Cadilhe.

Infelizmente, esse segmento de mercado já está ocupado. Por favor, dirijam-se a qualquer livraria, ou comprem o fugas para literatura de viagem erudita. Não que periodicamente não tente algumas tentativas (prevejo) frustradas de embarcar nessa corrente literária, mas mais longe que estas crónicas aspiram chegar é a um suplemento do borda de água!

Expectativas para este blog? Baixas. (sem mencionando os períodos de não actualização por pura preguiça!)
Acima de tudo há que esperar algo...diverso, a semelhança do mundo que estou prestes a descobrir.